A Polícia Federal (PF) comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu indícios da existência de desvio de recursos no gabinete do deputado federal André Janones (Avante-MG). O caso é investigado pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) e pela Suprema Corte. Em dezembro, o ministro do STF, Luiz Fux, autorizou a abertura de inquérito contra o deputado após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados também investiga a conduta do parlamentar. O colegiado analisou requerimento movido pelo PL e instaurou processo contra Janones para averiguar se houve quebra de decoro parlamentar nas denúncias de rachadinha.
Conforme revelou o G1, a PF afirma que há inconsistências nos depoimentos prestados pelos servidores. Os assessores e ex-assessores em questão já concluíram os depoimentos e todos disseram que nunca presenciaram ou praticaram rachadinha. A PF pediu ainda a quebra do sigilo bancário do parlamentar.
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“As discrepâncias em seus depoimentos evidenciam a necessidade de um aprofundamento nas investigações. Afinal, é crucial considerar que todos os assessores investigados ainda mantêm vínculos com o Deputado Federal André Janones, dependendo de seus cargos ou para a sua sobrevivência política ou para a sua subsistência”.
A Polícia Federal ainda apontou que um dos servidores, Alisson Alves, que negou a prática, disse aos investigadores que sacava mensalmente R$ 4mil. O valor corresponde ao devolvido para o deputado, segundo a PF. O órgão também identificou por meio de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) depósitos fracionados feitos por uma secretária parlamentar à conta de Janones.
O parlamentar mineiro é acusado de praticar “rachadinhas”, após áudio divulgado pelo Metrópoles em 27 de novembro de 2023. Na gravação, uma voz masculina sugere que parte de seus assessores estariam prestes a receber um acréscimo em seu salário para arcar com o prejuízo de sua campanha para prefeito de Ituiutaba (MG) em 2016.
Publicidade“Eu acho que elas entendem que realmente o meu patrimônio foi todo dilapidado, (…) e eu acho justo que essas pessoas participem comigo da reconstrução disso, então eu não considero isso uma corrupção”.
O deputado nega as acusações. Em suas redes sociais, André Janones escreveu: “Rachadinha é pegar salário de funcionário para enriquecimento próprio, eu iria contribuir na vaquinha, eles iriam usar na campanha DELES (sic) em 2020, isso não tem nada a ver com peculato