Contando com uma bancada de três senadores a partir de 2023, o PDT oficializou seu apoio à campanha do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a reeleição como presidente do Senado. Apesar de ser um apoio numericamente tímido, este será mais do que necessário. Ao contrário da Câmara dos Deputados, onde Arthur Lira (PP-AL) se encontra em uma posição confortável para preservar o cargo, Pacheco se esforça para garantir seu primeiro lugar.
Rodrigo Pacheco compete com Rogério Marinho (PL-RN), candidato anunciado por Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Apesar de não entrar na disputa com a mesma força de Pacheco, Marinho conta com o apoio do PL, que forma a maior bancada do Senado, de 14 senadores. Seu nome também atrai a simpatia de senadores dos demais partidos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Pacheco já conta com o apoio inicial das bancadas do PSD e do PT, sigla do governo, que juntas somam 21 senadores. Agregando os números dos demais partidos governistas (PSB e Rede), o parlamentar da bancada mineira já passa a ter 23 votos garantidos, dos 41 necessários para se eleger. Com o apoio do PDT, sua base de apoio já cresceu para 26 nomes.
Entre as demais bancadas, duas já garantem aliados. No MDB, Renan Calheiros (AL) e Renan Filho (AL) confirmaram ao Congresso em Foco o plano de votar na reeleição de Pacheco. Apesar de fazer parte da base do governo, o partido que terá um total de 10 senadores ainda não se reuniu para orientar seus senadores na eleição.
O 29º nome garantido para Pacheco é o de Davi Alcolumbre (União-AP), antigo aliado de Pacheco e articulador de sua campanha para presidente da Casa em 2021. O União Brasil, porém, segue como uma incógnita na escolha de seus parlamentares na eleição ao Senado. A sigla ainda não decidiu se fará parte ou não do governo, e existe forte pressão em seus quadros para que siga pelo caminho independente.
Marinho já busca apoio dos partidos da antiga base do governo Bolsonaro: PP, Republicanos, e PSC, além de procurar trazer para seu lado aliados no União Brasil e tentar convencer a bancada do PSDB, que se encontra indecisa. A maior bancada simpática ao seu nome é a do PP, com seis deputados. Em entrevista com o Estadão, seu líder Esperidião Amin (SC) afirmou que não há consenso na bancada.
O terceiro candidato é Eduardo Girão (Podemos-CE). Adotando os mesmos ideais que Marinho, Girão trabalha para tirar votos de Rodrigo Pacheco. Sua estratégia consiste não em articular com os demais senadores, mas em movimentar uma campanha em suas redes sociais para que os eleitores entrem em contato com os senadores de seus estados, e os convença a votar em outro nome que não o atual presidente da Casa. O Podemos conta com seis deputados, mas os cinco além de Girão tendem a votar no candidato do PL.