Faltando poucos dias para que se tenha passado um mês desde a conclusão do segundo turno das eleições, manifestações de eleitores insatisfeitos com o resultado permanecem uma constante pelo Brasil. Em frente aos prédios dos principais comandos militares e do próprio quartel-general do Exército, manifestantes acampados exigem um golpe militar para anular o pleito. De acordo com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os protestos reivindicam uma pauta criminosa.
O comentário foi feito na coletiva de imprensa onde anunciou o recebimento do texto inicial da PEC da transição ao Senado, nesta terça-feira (29). Questionado sobre a falta de atividade dos poderes executivos estaduais e municipais para deter os atos, afirmou que “a democracia deve ser um compromisso de todos, especialmente de todas as autoridades constituídas”, e que a livre manifestação do pensamento é constitucional, bem como a maioria das manifestações.
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No caso dos atos nos quartéis, Pacheco já considera que a pauta foge do que é permitido por lei. “Quando [as manifestações] derivam para atos que pedem intervenção militar, que questionam o resultado de eleições feitas dentro da absoluta regularidade, obviamente isso descamba para um ilícito que deve ser coibido por todos”. O presidente do Senado havia acompanhado de perto a apuração das urnas, e defendeu a lisura do processo eleitoral em diversos momentos.
Para lidar com as manifestações, o parlamentar defende que “todas as autoridades possam, com o máximo de equilíbrio possível mas com o exercício de autoridade, garantir a normalidade democrática no Brasil”.