Ao menos 17 senadores, eleitos e em exercício, devem formar grupo de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Um dos líderes do movimento, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) diz preferir não chamar a iniciativa de “bloco”. O congressista afirmou ao Congresso em Foco que não será feita “nem adesão automática, nem oposição sistemática”.
Segundo Randolfe, o grupo dialogará com o governo como forma de manter a independência. Pelas contas do senador, a união incluirá 5 congressistas da Rede, 4 do PDT, 2 do PSB, 2 do PPS, 1 do PRP, 2 do PHS e ainda o senador Reguffe (sem partido-DF). A criação do grupo foi alinhada em reunião na noite desta quarta-feira (21), como este site adiantou.
Randolfe e Reguffe foram incumbidos de fazer um manifesto do grupo. O documento deve ter como nortes o combate à corrupção, a defesa do Estado democrático de direito e, ainda, o rigor com os gastos públicos. Na semana que vem os dois congressistas devem apresentar o texto ao grupo e divulgá-lo no início de dezembro.
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O senador da Rede afirma que a ideia é o movimento repercutir não apenas no Senado, mas também na Câmara e na própria sociedade. Segundo ele, na Câmara outro grupo semelhante está sendo articulado, não necessariamente com os mesmos partidos.
Presidência do Senado
O grupo de oposição formado nesta quarta ainda não definiu quem deve apoiar para a presidência da Casa. “Nós ainda não conversamos sobre nomes. Vamos antes definir qual deve ser o perfil do presidente, que mantenha o mínimo de independência e seja coerente com o que saiu das urnas e das ruas”, disse Randolfe.
PublicidadeUm dos nomes cogitados para disputar a presidência da Casa é o do senador, também do Amapá, Davi Alcolumbre (DEM). Randolfe afirma que, se construir uma rede de apoio, o Davi tem chances na disputa. Ele preferiu, no entanto, não declarar qualquer apoio ao colega por enquanto.
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