Um dos vice-líderes do governo na Câmara, o deputado Rubens Pereira Junior (PT-MA) foi um dos destaques da base aliada na CPMI dos Atos Golpistas, que recomendou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre outras autoridades, por diversos crimes. Em seu segundo mandato federal – o primeiro foi pelo PCdoB -, o deputado é pragmático ao falar sobre as alianças políticas no Congresso.
“Não importa em quem votou”, afirma o vice-líder ao rebater questionamentos sobre a adesão ao governo de parlamentares e partidos que apoiaram Jair Bolsonaro. “O condutor do ônibus é o presidente Lula. Se tem alguém que está na janela e não estava no começo, faz parte. O nosso ônibus é grande e sempre cabe mais um”, reforça nesta entrevista concedida em seu gabinete na Câmara.
Para ele, o governo tem sido exitoso nas votações por causa do envolvimento direto do presidente da República. “Lula escolhe as batalhas em que vai entrar. Nas que entrou, ele venceu”, diz. Segundo ele, o objetivo do governo é isolar os “radicais” e embarcar aqueles que estão dispostos a encampar os compromissos de campanha de Lula. “Não estamos negociando princípios e valores”, avisa.
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Na entrevista a seguir, ele fala de outros temas, como os possíveis desdobramentos da CPMI para Bolsonaro e os militares.
Assista à entrevista:
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