O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta terça-feira (2) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal que o Novo Ensino Médio precisa ser discutido melhor antes de sua implementação. O governo suspendeu a aplicação do novo modelo, aprovado pelo Congresso Nacional em 2017, quando Michel Temer era presidente da República.
“Há problemas que precisam ser discutidos no ensino médio, os seus itinerários, a sua carga horária na Base Comum, a falta de formação, a sua infraestrutura, de diálogo com os estados brasileiros”, afirmou o ministro à comissão. Segundo ele, é necessário que as unidades federativas sejam ouvidas: “Nenhuma mudança na continuidade da implantação do ensino médio pode ocorrer sem a escuta, principalmente, dos estados. Não é o Ministério da Educação. O MEC tem o papel de ser o grande coordenador, o maestro da política nacional e de traçar as diretrizes”.
Camilo ainda afastou a ideia de que o governo revogaria a reforma do ensino médio. Segundo ele, o que tem sido buscado é apoio técnico do Ministério da Educação, que “infelizmente, foi ausente nos quatro últimos anos”.
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O Ministério da Educação publicou portaria estabelecendo um calendário com audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais para ouvir a sociedade civil com relação ao que já foi implantado do Novo Ensino Médio. O cronograma vai até 6 de junho.