Durante a última sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) assumiu a defesa do pai, presidente Jair Bolsonaro, por associar a vacina contra a Covid-19 à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), durante a live presidencial da última quinta-feira (21). O senador atribuiu a culpa à revista Exame, que publicou uma matéria em outubro de 2020 sobre o estudo.
“A CPI tenta inovar ao acusar o presidente Jair Bolsonaro por promover fake news fazendo associação de algumas vacinas à Aids. Essa foi uma matéria publicada na revista Exame“, disse o zero um.
Na sua fala, Eduardo Bolsonaro reitera que o presidente citou a própria publicação da revista, no entanto a declaração foi feita com base numa publicação de um site de fake news inglês Beforeitsnews que supostamente se baseava em um estudo feito no Reino Unido, que mostraria que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid-19 desenvolveram a Aids. A notícia foi desmentida por agências de checagens logo depois.
Leia também
De acordo com Flávio Bolsonaro, a revista Exame teria atualizado a matéria após ter sido associada às falas do presidente. O texto foi escrito com base no estudo da revista científica The Lancet.
A desinformação divulgada pelo presidente foi incluída no relatório final da CPI que deve ser votado pelos senadores nesta terça-feria (26). No início da última reunião, a comissão aprovou um requerimento para envio ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um relato das declarações de Jair Bolsonaro. Com isso, será remetida ao judiciário uma medida cautelar que pede o banimento do presidente das redes sociais.
> CPI vota relatório final. Veja a íntegra do documento
> CPI deve pressionar Aras com pedido de impeachment