Com a nomeação de Fábio Faria (PSD-RN) para o recriado Ministério das Comunicações, a vaga do deputado licenciado foi assumida pela suplente Carla Dickson (Pros-RN). Faltando seis meses para concluir seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Natal, ela tomou posse na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (17). Dickson não deverá tentar a reeleição, pois precisaria se licenciar do mandato federal que assumiu esta semana.
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Evangélica, Dickson passa a reforçar a bancada evangélica na Câmara. “Quero me colocar à disposição da bancada evangélica, para que nós possamos fazer um trabalho aqui forte, na defesa da família, na defesa da vida”, disse ela em seu primeiro discurso no Plenário.
Há alguns dias, ela compartilhou um vídeo do jornalista Alexandre Garcia, que a chama de terrivelmente evangélica. “Acertou direitinho . Sou completamente apaixonada pelo Senhor Jesus , tenho a Bíblia Sagrada como minha bússola de vida e fé . Não me envergonho do Evangelho e falo isso em todos os lugares que vou. Sem falar que é uma honra fazer parte do time da ministra também terrivelmente evangélica @damaresalvesoficial1. Deus é bom e fiel em todo o tempo !!!”, escreveu ela.
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A ministra Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ficou conhecida no início de 2019 pela frase “O Estado é laico, mas esta ministra é terrivelmente cristã”. Meses depois, em referência a Damares, o presidente Jair Bolsonaro disse que pretende indicar para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) um ministro “terrivelmente evangélico”.
Nas redes sociais, Dickson realiza uma série de lives de teor gospel. Ela foi surpreendida pelo marido, o deputado estadual Albert Dickson, em uma dessas lives com a notícia de que a vaga de suplente na Câmara seria dela. “Deus é fiel! Eu não estava entendo porque tinha um monte de jornalista ligando aqui”, disse ela emocionada na transmissão ao vivo.
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Em Natal, Dickson é autora do projeto de lei que inclui a Marcha para Jesus no calendário oficial de eventos da capital do Rio Grande do Norte. O evento ocorre anualmente e reúne diversas denominações protestantes.
Na Câmara, Dickson também passa a integrar a bancada feminina e a comissão externa de ações contra o coronavírus. Médica, ela defende o uso do vermífugo ivermectina no tratamento da covid-19. Os estudos sobre o medicamento ainda estão em estágio inicial. A autoridade sanitária dos Estados Unidos, a agência Food and Drug Administration (FDA), emitiu um alerta sobre o uso da droga por pessoas com covid-19. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não reconhece o medicamento para tratamento da doença causada pelo novo coronavírus.
Dickson é formada em medicina e odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com pós-graduação em oftalmologia, ciências morfológicas, docência do ensino superior e mestrado em bioquímica.
Em 2016, ela foi eleita vereadora de Natal, com mandato que se encerra em 2020. Nas eleições de 2018, foi candidata a deputada federal e recebeu 60.590 votos, mas não foi eleita e ficou na primeira suplência da sua coligação.
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