O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) afirmou que, caso a PEC dos precatórios seja aprovada na Casa, o espaço fiscal será de R$ 91,6 bilhões para o ano de 2022. No entanto, há articulação entre os senadores para que o valor seja reduzido.
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“O espaço fiscal que está sendo aberto é o espaço necessário. Não se discute mais sobre o subteto para o pagamento de precatórios, que chegariam a R$ 130 bilhões em 2023 sem a PEC. O que se discute no Senado é a mudança na fórmula de correção do teto de gastos, disse à Globo News.
Segundo ele, parte dos senadores alegam que, na verdade, o ideal seria R$ 80 bi. Bezerra afirma que os R$ 11,6 bilhões adicionais serão para repor os “sacrifícios” do orçamento, mas que o governo está aberto para rever os números da proposta.
“Interessa ao governo o debate para que a PEC dos precatórios seja aprovada com responsabilidade. O governo quer espaço fiscal adequado, sem excessos”, afirmou.
O líder foi escolhido para ser o relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde deverá ser votada em 24 de novembro. No plenário do Senado, a previsão de votação segue até o dia 2 de dezembro.
20 milhões sem auxílio
Fernando Bezerra também admitiu que com o fim do Auxílio Emergencial e Bolsa Família, cerca de 20 milhões de brasileiros ficarão sem nenhum benefício. Ele afirma que o governo se mostra confiante na retomada de empregos informais para garantir a renda daqueles beneficiados com os programas sociais.
“De fato, 20 milhões de brasileiros deixarão de receber o auxílio emergencial, porque o governo acredita que a economia está voltando, sobretudo no setor de serviços com o avanço da vacinação. Vai voltar o emprego informal, que é muito forte na nossa economia”, justificou.
O Auxílio Brasil será válido apenas para 2022 e o valor de R$ 400 reais será creditado até dezembro do mesmo ano, para seu contínuo pagamento, será necessário os desdobramentos econômicos.
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