O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o ministro da Economia Paulo Guedes proibiu seus secretários de se encontrarem com ele para a discussão de temas em tramitação no parlamento. Com isso, a interlocução de Maia com o governo em pautas econômicas passa a ser feita com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.
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Maia acusou Guedes pelo atrito em entrevista à GloboNews, depois repercutida pelo Jornal Nacional, da TV Globo. Segundo o presidente da Câmara, Guedes estaria bloqueando a comunicação entre agentes da pasta e da Câmara. “Ontem mesmo tínhamos um almoço com o Esteves e o secretário do Tesouro para tratar do Plano Mansueto, e os secretários foram proibidos de ir à reunião”, disse Maia, referindo-se ao assessor especial de Guedes, Esteves Colnago, e ao secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal.
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Após o ocorrido, segundo Maia, a comunicação oficial entre a Casa e o Executivo para temas econômicos irá mudar. “O que eu decidi é que a relação da presidência da Câmara será com o ministro Ramos, e o ministro conversa com a equipe econômica para não gerar constrangimentos para ninguém”, explicou o presidente da Câmara.
Maia disse que não encerrou a interlocução, mas que ela “foi encerrada”. O presidente da Câmara disse confiar no novo desenho de comunicação: “O diálogo com a Segov é até melhor porque minha relação com o ministro Ramos é de grande confiança.”
Na tarde de ontem (3), o governo entregou a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) para a primeira fase da reforma administrativa. O texto foi entregue pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira. Paulo Guedes não esteve no evento.
PublicidadeO presidente da Câmara disse que o texto, apesar de prioritário, não deve ser o foco da Casa neste fim de ano. “A prioridade número um é a regulamentação do teto de gastos; número dois é a [reforma] tributária, que está bem avançada; e número três, junto com a tributária, é a reforma administrativa”, disse.
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