O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados, criticou o trabalho que Bia Kicis (PSL-DF) tem feito no comando da Comissão de Constituição e Justiça. O principal motivo das críticas foi o fato de a presidente da comissão ter pautado um projeto de 2016 que prevê impeachment de ministros do STF por “usurpar competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo”.
Maia diz que a deputada pega carona na moda de El Salvador de afrontar os poderes, destituir juízes da Suprema Corte e abrir a picada para uma ruptura. No domingo, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), elogiou a destituição da corte salvadorenha.
Todos os deputados sabiam do risco que era deixar a presidência da Comissão mais importante da Casa nas mãos de uma pessoa sem dimensão da realidade, da política e da democracia. Confirmou-se a máxima do Barão de Itararé: de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo.
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A CCJ se tornou um laboratório de teorias conspiratórias e debates infrutíferos. A Comissão foi sequestrada por interesses pessoais e por uma agenda obscurantista. Lá, não se discute mais as pautas de interesse nacional, se discute as pautas de interesse pessoal.
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Maia ainda finalizou a série de tweets com um aviso ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). “A direção da Câmara precisa agir rápido, antes que os ovos da serpente choquem. Só não venham dizer, depois, que não avisamos”.