O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), repercutiu nesta quinta-feira (18) a demissão de Abraham Weintraub, do Ministério da Educação (MEC). De acordo com o parlamentar, a saída do ministro pode retomar o diálogo entre a pasta e a Casa, já que ainda há resoluções para serem tomadas sobre o novo Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb).
“O texto vem com modernização e estamos abertos a dialogar. O Ministério não estava disposto a dialogar com a Comissão. Espero que o MEC possa ficar melhor porque estava muito ruim. Espero que a gente possa ter alguém comprometido com educação”, disse.
Mais cedo, o MEC divulgou uma nota em que diz que Weintraub fez uma “gestão limpa” e com “amplo legado”. O documento diz ainda que para os estudantes “criou um projeto de emissão de carteiras estudantis gratuitas e em formato digital para meia-entrada em eventos culturais. A pauta, porém, não foi aprovada dentro do prazo necessário pelo legislativo e milhares de jovens ficaram sem”.
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“Não vou responder a ex-ministro”, disse Maia. “Vou responder ao próximo”, completou. Ele também comentou a ida de Weintraub para o Banco Mundial dizendo “isso porque não sabem que ele quebrou o Banco Votorantim, ele é economista e trabalhava lá.”
Apesar das farpas trocadas com o ex-ministro, o presidente se recusou a comentar a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor e motorista de Flávio Bolsonaro, na manhã desta quinta (16).
Futebol e eleições
PublicidadeNa manhã de hoje (16), o presidente Jair Bolsonaro editou a Medida Provisória 984/2020, que aumenta o poder de clubes em transmissões de TV. Maia diz não ter entendido a razão da MP, mas acredita que essa pode ser uma oportunidade para uma discussão mais profunda sobre a liga de futebol do país.
“Acho que essa é a oportunidade de realizar esse debate. A transmissão é um ativo fundamental. Está na hora de termos futebol mais moderno, com compromisso e profissionalismo”.
Na tarde ontem (17), a Câmara aprovou o Projeto de Lei 1013/20, que suspende, durante a pandemia, os pagamentos das parcelas devidas pelos clubes ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut).
Novamente questionado sobre o adiamento das eleições municipais de 2020, Maia disse que fez uma reunião com o Senado e que a votação deve iniciar por lá, pois já há “um número maior para adiar. Na Câmara, aponta, ainda existe uma divisão maior, já que há pressão por parte de prefeitos. “Se não tivermos eleição este ano vamos usar a lei orgânica de cada município. De forma nenhuma vamos autorizar debate que prorrogue mandato de ninguém nem por um dia”, apontou.
A decisão, conforme explicou o presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, deve ser tomada até dia 30 de junho.