O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu mudar o local do comitê de imprensa da Casa. O espaço é reservado aos jornalistas que fazem a cobertura diária do Poder Legislativo e fica ao lado do Plenário da Casa. No lugar do comitê será instalado o gabinete de Lira.
A mudança vai facilitar que o presidente da Casa evite encontrar a imprensa e responder perguntas de jornalistas. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Congresso em Foco.
Hoje, os jornalistas ficam em um espaço logo ao lado do Plenário. De acordo com o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, o novo comitê será instalado em frente à Primeira-Secretaria da Casa, localizada em um andar diferente do Plenário. Ainda segundo o diretor-geral, a mudança será “em breve, ainda este mês”.
Com a alteração, Lira não precisará mais passar pelo Salão Verde para chegar ao Plenário. Grande parte dos jornalistas aproveita a caminhada pelo salão para abordar o presidente da Casa e os demais deputados.
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Após a divulgação na imprensa da mudança de local, Arthur Lira divulgou uma nota afirmando que a alteração busca aproximá-lo dos demais parlamentares:
“A alteração de espaços dentro da Câmara dos Deputados em nada vai interferir na circulação da imprensa, que continuará tendo acesso livre a todas as dependências, como o cafezinho, o plenário, os corredores, os salões e a própria presidência. O objetivo da alteração é aproximar o presidente dos Deputados, como eu falei em toda a minha campanha.”
A deputada Soraya Santos (PL-RJ), que foi primeira secretária da Casa, cargo responsável por decisões administrativas e financeiras, defendia há meses que fosse feita uma mudança no local do comitê de imprensa.
“A Câmara está repensando todos os seus espaços. É óbvio que onde está o comitê de imprensa, no nosso projeto, é o espaço justamente do presidente. Estamos resgatando a história. Houve um crescimento sem planejamento. Não podemos ter em Brasília, que é um cidade planejada, os espaços sem planejamento, e isso não tem nada a ver com cerceamento de liberdade, onde quer que esteja”, disse ao O Globo há três semanas.