O discurso do presidente Jair Bolsonaro na 76º Assembleia das Organizações das Nações Unidas (ONU) repercutiu entre os senadores da CPI da Covid. O relator da Comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que nesta terça-feira (21), o Brasil começou o dia com a vergonha do discurso presidencial na ONU. “Os vexames na ONU com o presidente vão desde vaias, puxadinhos, advertências públicas do prefeito de York de ser barrado por não vacinação”, disse.
“O discurso do presidente, único líder do G20 não vacinado, repetiu papel de figura rudimentar, anacrônica e propagador de mentiras. Somos a República do cercadinho”, disse Renan. Em sua fala, o senador classificou Bolsonaro como o “golpista do Cercadinho”. Veja:
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), ironizou a fotografia de Bolsonaro e a comitiva presidencial comendo pizza em uma calçada de Nova York. “E, pra quem achava que a CPI ia acabar em pizza, nós vimos ontem eles degustando uma pizza na rua, na rua!”, disse. Aziz ressaltou que o motivo foi porque o presidente não vacinou contra a covid-19 e os restaurantes na cidade dos Estados Unidos exigem a imunização dos seus frequentadores.
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Com a presença do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na comitiva presidencial, Jair Bolsonaro recomendou o uso de remédios sem eficácia contra a covid-19 em seus discurso na ONU.
“O Presidente da República na ONU, hoje, além de fazer uma fala fake dizendo de realizações que são de outros governos e que ele quer assumir pra si, porque ele faz tudo ao contrário, ele defendeu o tratamento precoce outra vez na Conferência das Nações Unidas, reforçando a tarefa que o Queiroga cumpre, e a gente viu que, com toda a proximidade com o Presidente, porque é preciso ter aquela característica pra ser Ministro do Presidente Jair Bolsonaro”, disse o senador Rogério Carvalho (PT-SE).
PublicidadeMarcada para às 09h30, a reunião da CPI teve início com mais de uma hora de atraso porque os senadores decidiram esperar o discurso de Bolsonaro na ONU.
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