A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou, nesta terça-feira (22), em sua conta do Twitter, que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) não deve transformar pautas econômicas relevantes para o Brasil em uma “queda de braço com o governo”. A parlamentar fazia referência à tributação dos fundos no exterior e o arcabouço fiscal, pauta que deve entrar nesta terça-feira em votação.
Gleisi Hoffmann ainda afirmou que o Arthur Lira precisa compreender que as reformas feitas pelo Senado Federal no arcabouço fiscal são de interesse do país, pois taxam os paraísos fiscais e caso não passe, apenas os “super ricos” sairão ganhando.
A presidente do PT escreveu o tweet em meio a confusão estabelecida entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara após o ministro afirmar que “a Câmara dos Deputados está com poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo”.
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Publicidade— Gleisi Hoffmann (@gleisi) August 22, 2023
O arcabouço fiscal estabelece novas regras para o controle das despesas. Mas a confusão se iniciou, pois o governo tentou manter a alteração posta no Senado Federal que altera o critério do cálculo da inflação, que passaria a considerar o período até dezembro do ano que vem e não mais os 12 meses que antecedem junho. Mudança que representa um aumento de arrecadação que pode chegar a R$ 40 bilhões. Porém a Câmara mostra resistência em validar as mudanças feitas pelos senadores.
Gleisi Hoffmann também se referiu }à tributação dos fundos no exterior acrescentada na Medida Provisória, que aumenta o salário mínimo, após o relator da MP, deputado Merlong Solano (PT-PI) que decidiu incorporar a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda na medida como forma de compensar o impacto fiscal, também optou por incluir no texto a taxação dos fundos.
A grande pressa do governo em passar a Medida Provisória advém do curto prazo de validade que ainda tem. Segunda-feira (28) a MP perde a validade.
O deputado Arthur Lira, afirmou no jantar promovido pelo site Poder360, que a forma como vai ser compensada a isenção do IR é “uma batata quente do governo” e não da Câmara.