Membros da extinta CPI da Covid-19 compareceram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para entregar uma cópia do relatório final ao ministro Luiz Fux. A visita dos parlamentares é parte das medidas adotadas pelo G7, grupo majoritário da CPI, para dar continuidade aos efeitos das investigações. Além de passar na Suprema Corte, a comitiva distribuiu relatórios no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Procuradoria da República do Distrito Federal (PR-DF).
Fux é o segundo ministro do STF a receber a comitiva, com os parlamentares tendo visitado Alexandre de Moraes no dia anterior. Entre os motivos das visitas, está a antecipação da possibilidade de abrir ação penal subsidiária da pública caso Augusto Aras, procurador-geral da República, não atenda o prazo de trinta dias para dar um posicionamento sobre o conteúdo do relatório.
A entrega do relatório na PR-DF já é parte de um esforço dos senadores em dar celeridade aos processos solicitados no documento. “Nós entregamos ao procurador-geral da República apenas os indícios de crime das pessoas com prerrogativa de foro. A própria CPI está fazendo uma série de encontros de distribuição do relatório para as demais autoridades a qual se destinam”, explicou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
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A PR-DF é órgão que ficará encarregado da maior parte dos requerimentos, entre eles os de investigação sobre o ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello e de Francisco Maximiniano, sócio majoritário da Precisa Medicamentos. A investigação sobre Jair Bolsonaro já estará nas mãos de Augusto Aras, que recebeu sua cópia do relatório na manhã da quarta-feira (27).
O senador Humberto Costa (PT-PE), membro da comitiva, considera que o melhor caminho que possa ser traçado por Aras diante dos pedidos seria iniciar os trabalhos a partir dos pedidos referentes ao presidente da república. “Até por isso não ter uma definição, termina por criar um certo nível de instabilidade, de ansiedade na população. Mas vai ser um julgamento dele”.
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