Eleito deputado federal em outubro, Marcelo Freixo (Psol-RJ) anunciou sua candidatura à presidência da Câmara. O anúncio, na manhã desta quinta (3), é uma resposta ao apoio do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, a Rodrigo Maia (DEM-RJ), que desponta como favorito em sua tentativa de uma terceiro mandato para presidir a Casa.
Ontem (quarta, 2), o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), confirmou que o partido vai apoiar Maia. Segundo Maia, a aliança entre os partidos teve como articulador o deputado de primeiro mandato Alexandre Frota (PSL-SP).
“Minha candidatura à presidência da Câmara é fruto do diálogo e da unidade de quem quer fortalecer a democracia” escreveu Freixo em uma das postagens em seu Twitter em que anunciou a candidatura.
Minha candidatura à presidência da Câmara é fruto do diálogo e da unidade de quem quer fortalecer a democracia. Vivemos um tempo sombrio e não podemos titubear. Por isso, nos colocamos a serviço das lutas pela redução das desigualdades e garantia dos nossos direitos.
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Publicidade— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) 3 de janeiro de 2019
Freixo disse ainda que quer promover uma “agenda econômica e social que promova a cidadania” como presidente da Câmara.
O Congresso Nacional precisa se comprometer com o fortalecimento e a ampliação dos direitos sociais, ameaçados pelo novo governo e seus aliados. O meu compromisso como candidato à presidência da Câmara é com uma agenda econômica e social que promova a cidadania.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) 3 de janeiro de 2019
Favoritismo
Além do PSL, o PRB e o PPS também deverão apoiar a candidatura de Maia. São cerca de 13 partidos que devem apoiar o deputado para a presidência da Câmara, que juntos somam mais de 300 deputados.
Antes de o PSL fechar apoio ao fluminense o PT, que tem a maior bancada da Casa, também indicava disposição em apoiá-lo, mas mudou de ideia após adesão do PSL.
Pelo acordo feito ontem, Maia prometeu o comando das comissões de Constituição (CCJ) e Finanças e Tributação, as mais poderosas da Casa, para o PSL, que também deverá ficar com um cargo na Mesa. A vice-presidência foi oferecida ao presidente do PRB, Marcos Pereira (SP). Com isso, o deputado João Campos (PRB-GO), candidato da bancada evangélica e próximo a Bolsonaro, desistiu de sua candidatura.
Outros nomes seguem em campanha, como Fábio Ramalho (MDB-MG), atual primeiro vice-presidente da Câmara, e os deputados Alceu Moreira (MDB-RS), JHC (PSB-AL) e Capitão Augusto (PR-SP).
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