O líder da minoria na Câmara dos Deputados, o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a investigação sobre a criação de um orçamento paralelo criado por Jair Bolsonaro e revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo no domingo (9).
De acordo com as informações, por meio de ofícios encaminhados principalmente ao Ministério do Desenvolvimento Regional, os parlamentares indicavam à pasta onde gostariam de alocar valores, em montantes muito superiores aos R$ 8 milhões que têm direito anualmente em emendas parlamentares.
Confira a representação no TCU:
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O ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), teria direito a R$ 277 milhões, 34 vezes o seu valor anual, segundo reportagem. Também são citados os nomes dos deputados Vicentinho Junior (PL-TO), Ottaci Nascimento (SD-RR), Bosco Saraiva (SD-AM), Lucio Mosquini (MDB-RO) e da ex-deputada Flávia Arruda (PL-TO), hoje ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, responsável justamente pela articulação com o Congresso.
Tais pedidos mostrariam um controle maior que o imaginado de parlamentares do Centrão sobre o orçamento da União, uma vez que caberia apenas ao ministro da pasta, Rogério Marinho, organizar a destinação dos recursos.