O PSC, o Pros, o Republicanos, o PL, o PP e o União Brasil foram os seis partidos mais fiéis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Senado Federal. As legendas, que somam 26 senadores, alcançaram um índice de governismo acima de 90%. Durante os quatro anos da legislatura, foram contabilizadas 388 votações e o índice de governismo na Casa ficou em 83%. Os dados são do Radar do Congresso, ferramenta do Congresso em Foco que permite acompanhar o índice de governismo de cada parlamentar. Esse índice mede o grau de convergência entre o voto de cada congressista e a orientação do líder do Planalto na Casa.
Pequenos e fiéis
Assim como na Câmara dos Deputados, os partidos mais governistas no Senado são aqueles de direita e com as menores bancadas. PSC, Pros e Republicanos possuem apenas um representante cada na Casa. Com dois senadores, o PTB ficou com um índice de governismo de 89%.
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Presente em todas as votações da legislatura, o senador Luiz Carlos Do Carmo (PSC-GO) deu ao seu partido o maior índice de governismo: 94%. Já Telmário Mota (Pros-RR) participou de 387 votações e seguiu a orientação do governo em 92% delas. Por fim, Mecias de Jesus (Republicanos-RR) se fez presente em 385 votações e votou com o governo em 91% das ocasiões.
PL e PP: os partidos da base do governo
Repetindo o que fizeram na Câmara, as bancadas do Partido Liberal (PL) e do Progressistas (PP) foram preponderantemente fiéis a Bolsonaro. Juntas, as duas legendas somam 16 senadores, quase 20% dos membros da Casa, e ficaram com o índice de governismo em 90%.
No PL, o senador mais governista foi Zequinha Marinho (PA). Presente em 387 votações, Marinho votou com o governo em 93% delas. Curiosamente, Flávio Bolsonaro (RJ), filho mais velho do ex-presidente e líder do partido na Casa, esteve presente em todas as votações da legislatura, mas ficou com o índice de governismo em 92%.
Líder do governo no Senado desde junho de 2022, Carlos Portinho (RJ) foi o parlamentar do PL com o menor índice de governismo. O senador fluminense assumiu o mandato em 2020, após a morte de Arolde de Oliveira (PSD) em decorrência da covid-19, e seguiu as orientações do governo em 80% das 229 votações em que esteve presente.
PublicidadeNo PP, Guaracy Silveira (TO) ficou com o maior índice de governismo: 100% em somente três votações. Suplente da senadora Kátia Abreu, Guaracy assumiu o mandato após a parlamentar se licenciar para se dedicar à reeleição. Sem conseguir se reeleger, Kátia encerrará o mandato com um índice de governismo de 89%. Segundo colocado no partido, Elmano Férrer (PI) participou de todas as votações da legislatura e seguiu as orientações do governo em 93% delas.
O menor índice de governismo ficou com uma suplente: entre junho e dezembro de 2022, Margareth Buzetti (MT) esteve presente em 22 votações e votou com o governo em 82% delas. Ela é suplente do senador Carlos Fávaro (PSD), novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e deverá assumir o mandato da chapa até 2027. No apagar das luzes de 2022, Margareth deixou o PP e se filiou ao PSD.
União Brasil marca presença
Com sete senadores, incluindo o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), o União Brasil ficou com um índice de governismo de 90% na legislatura, empatado com PL e PP. Alcolumbre esteve presente em 385 votações e seguiu as orientações do governo em 94% delas.
Segundo suplente do senador Eduardo Gomes (PL-TO), Ogari Pacheco (TO) assumiu o mandato durante uma licença de 121 dias do ex-líder do governo no Congresso Nacional. O suplente esteve presente somente em nove votações e acompanhou as orientações do governo em todas elas. Chico Rodrigues (RR) ficou no segundo lugar dentro do partido, votando com o governo em 95% das 369 votações em que participou.
O menor índice de governismo da legenda ficou com um suplente: presente em 11 votações, Roberth Bringel (MA) votou com o governo em 78% delas. Ele é suplente do senador Weverton (PDT-MA). (Caio Matos, com a colaboração de Tiago Freitas e Lucas Vinicius)
Confira o índice de governismo dos partidos: