O desenvolvimento da energia solar no Brasil nos últimos anos resume bem a oportunidade de avanço na economia e o crescimento dos negócios a partir dessa fonte abundante em um País continental e coberto de sol na maior parte do ano. Dados mais recentes de acompanhamento do setor elétrico apontam que a potência instalada de solar fotovoltaica está acima de 45,7 mil MW, 19,4% da matriz nacional de eletricidade.
Perde apenas para a capacidade instalada de fonte hidrelétrica, com 46,7% do total, correspondendo a 109,9 mil MW. Em terceiro lugar neste ranking está a eólica, com 31,4 mil MW, sendo 13,3% dentre todas as fontes de potência instalada.
Falamos de investimentos de R$213,5 bilhões no setor e da criação de 1,3 milhão de postos de trabalho. A geração da energia solar, impulsionada inicialmente por subsídios, trouxe ganhos não apenas à economia, mas também para toda a sociedade. A oferta e utilização de eletricidade fotovoltaica evitou a emissão de mais de 55,4 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, ao mesmo tempo em que se arrecadaram mais de R$65,7 bilhões em impostos e tributos, para os cofres públicos de estados, municípios e da União.
Além disso, há de se ressaltar que em menos de 15 anos de implantação comercial no Brasil, a energia solar já alcançou a segunda posição na pizza de fontes de energia ofertada para os consumidores brasileiros, cobrindo os segmentos de indústria, comércio, agricultura, entes públicos e, claro, o consumidor residencial.
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No passado, até o início dos anos 2000, a maioria da geração energética brasileira vinha de fonte hídrica, originada dos grandes projetos de hidrelétricas que se espalharam pelo País, capacitando tanto a engenharia quanto a pesquisa e permitindo o desenvolvimento de técnicas, materiais, projetos de aproveitamento de rios e cachoeiras, aperfeiçoando equipamentos nas fases de geração, transmissão e distribuição.
Eram os tempos da matriz hídrica com mais de 96% de capacidade de potência instalada. O complemento vinha de unidades termelétricas a óleo combustível, diesel e nuclear e uma incipiente oferta de biomassa, elementos que, especialmente no caso das termelétricas, impunham graves danos ambientais por usarem até carvão mineral na geração.
Agora, novas perspectivas de grande consumo de eletricidade, redução dos aproveitamentos hídricos e de rígidos parâmetros ambientais abriram espaço para mais e variadas biomassas, exploração da força do vento em unidades eólicas e os projetos iniciais de energia fotovoltaica em um país agraciado com intensa insolação em grande parte do ano – mesmo nos três meses de inverno.
A contribuição da geração distribuída, nesse cenário, é pela sua presença em mais de 5 mil municípios brasileiros. Em tempos de seca severa e dúvidas no fornecimento de eletricidade, o aproveitamento de telhados de casas e até pequenas fazendas solares reforça a opção de reservar água nos reservatórios durante dias de sol, usando a geração hídrica para o consumo noturno.
Por tudo isso é importante que, cada vez mais, os poderes constituídos percebam que apoiar essas inovações é apoiar a população como um todo. É o momento de implementar políticas públicas voltadas garantir segurança jurídica aos empresários e consumidores que apostaram e apostam na diversificação da matriz energética do Brasil.
Senhor presidente Luiz Inácio Lula da Silva, senadores e deputados, não coloquem o país na contramão do mundo que defende a urgência de proteção ao meio ambiente. A geração solar, afinal, se transformou e se consolidou como uma cadeia de inovação, empreendedorismo e de novos investimentos no fornecimento de eletricidade para auxiliar o crescimento do PIB nacional.
A energia solar é limpa, barata e vital para o Brasil! E mantém nosso País na vanguarda do debate de energias limpas e sustentáveis, com argumentos fortes para serem apresentados tanto no Summit G20, de novembro, quanto na COP 30, que acontecerá em 2025 em Belém (PA).
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