O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu fechar o acordo para a formação de um bloco parlamentar unindo os partidos de seu círculo de alianças. Com 175 parlamentares, o “superbloco” passa a ser o maior da Casa, e reúne partidos de espectros políticos diversos, incluindo quadros de dentro e fora do governo. O acordo será anunciado oficialmente ao final da tarde desta quarta-feira (17). Com o movimento, Lira reage à recente articulação do MDB com o PSD, Podemos, Republicanos e PSC que formara o chamado “Blocão” com 142 deputados e é, até a formalização do novo bloco de Lira, a maior bancada da Câmara.
O bloco de Arthur Lira totaliza nove partidos: quatro governistas (PSB, PDT, Solidariedade e Avante), três independentes (PP, União e Patriota) e a federação PSDB-Cidadania, de oposição. A pactuação garante a posição majoritária do presidente da Casa, até então ameaçada pela criação do Blocão.
Com a criação do novo bloco, sobram apenas dois grandes partidos sem afiliação na Câmara, que passam a se organizar por conta própria: a federação PT-PV-PCdoB, no polo governista, e o PL, na oposição.
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A criação dos blocos parlamentares influencia sobre a dinâmica de atuação na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados quanto na distribuição de parlamentares nas comissões. As cadeiras das comissões são distribuídas na proporção dos blocos, e seus partidos membros podem negociar espaços entre si para ajustar suas presenças aos seus interesses.
Sem a organização em blocos, a federação do governo e o PL perdem a possibilidade de negociar suas cadeiras dentro das comissões.