Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra que ao menos 121 dos 513 deputados federais trocaram de legenda no período da chamada janela partidária, entre 3 de março e 1º de abril. O PL, do presidente Jair Bolsonaro, consolidou-se como a maior bancada da Câmara, com 75 deputados. Antes da janela, o PL tinha 43 representantes na Casa. No início da atual legislatura, no começo de 2019, o PL ocupava 33 assentos e era apenas a sexta bancada da Casa. De lá para cá, mais que dobrou sua presença na Câmara.
O União Brasil, resultado da recente fusão entre PSL e DEM, foi o partido que mais encolheu. A ala bolsonarista do PSL acompanhou em peso o chefe do Executivo para o PL. O União nasceu com 81 deputados. Hoje, conta com 47 e é apenas a quarta força da Câmara. O PP, expoente do Centrão, e o PT , do ex-presidente Lula, aparecem à frente do União e logo atrás do partido de Bolsonaro. Os petistas ocupam 56 cadeiras. Já o PP tinha 50 deputados, conforme balanço fechado nessa segunda-feira (4). O levantamento considerou registros oficiais da Câmara e listas encaminhadas pelos partidos e gabinetes.
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Outros partidos que cresceram foram o PSD, atualmente com 45 deputados, e o Republicanos, com 44.
A janela partidária permite que deputados federais e estaduais mudem de partido sem correr o risco de perder o mandato. Mesmo com o fim do prazo, os números ainda podem mudar, já que filiações registradas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral até sexta-feira podem ser comunicadas posteriormente à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara. No Senado, apenas cinco senadores trocaram de sigla no período.
Confira o balanço parcial das mudanças de sigla durante o período de 3 a 30 de março na Câmara:
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Confira o balanço parcial das mudanças de sigla durante o período de 3 a 30 de março no Senado:
Matéria atualizada às 8h30 de 5 de abril de 2021.