A relatoria do processo que pode resultar na cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ordenar o assassinato, em 2018, da vereadora Marielle Franco, foi recusada pelos três deputados inicialmente sorteados pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Diante da recusa, outros três nomes foram sorteados na manhã desta quarta-feira (17): Jack Rocha (PT-ES), Rosângela Reis (PL-MG) e Joseildo Ramos (PT-BA). Caberá ao presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA), escolher um deles como relator.
Inicialmente, foram sorteados Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gabriel Mota (Republicanos – RR), mas os três declinaram. Agora, caberá ao presidente do Conselho de Ética escolher quem irá comandar a investigação que pode resultar na cassação de Brazão.
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O processo no Conselho de Ética foi aberto a pedido do Psol, que apresentou uma representação para que seja apurada suposta quebra de decoro parlamentar do deputado. Brazão está preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso, e mantidas pela primeira turma do STF, com base na delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa. Ronnie e Elcio Queiroz, outro ex-PM, estão presos desde 2018, como executores do crime.
Chiquinho Brazão poderia ter participado da sessão desta quarta-feira, por meio de entrada de vídeo, uma vez que está preso. Contudo, pouco antes de começar a reunião do colegiado, os servidores do presídio informaram que o deputado não tinha interesse em participar. Na semana passada, o Plenário decidiu manter Chiquinho Brazão preso.
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