O vice-líder do PCdoB, deputado Marcio Jerry (PCdoB-MA), afirmou nesta quinta-feira (16) que irá entrar com uma representação na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para cobrar a quebra de sigilo da lista de convidados do coquetel de posse do presidente Jair Bolsonaro.
> Mesmo com reajuste, Congresso vai tentar aumentar salário mínimo
O coquetel foi realizado no palácio do Itamaraty em 1º de janeiro. Segundo o deputado, foi decretado o sigilo da lista após solicitações pela Lei de Acesso à Informação (LAI), no Portal da Transparência e por âmbito administrativo. “Por que o governo federal, o presidente Bolsonaro determinou que uma lista de convidados de uma posse seja mantida em sigilo? Quem estava lá que a sociedade não pode saber?”, questiona.
“Tudo que fica muito misterioso fica sempre muito suspeito”, complementa o deputado. Ele também afirma que nenhum outro presidente tornou sigilosa a lista de convidados da posse.
Leia também
Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Reginaldo Lopes (PT-MG) também questionaram em suas redes sociais sobre o motivo do sigilo e cobram respostas. O deputado mineiro, autor do projeto que criou a Lei de Acesso à Informação, questiona “quem esteve na boquinha e não podemos saber? Queiroz ou alguém pior?”
Por que Bolsonaro simplesmente não quer dizer quem esteve presente em seu coquetel de posse? Detalhe: A posse era a do cargo PÚBLICO mais importante do país. Quem esteve na boquinha e não podemos saber? Queiroz ou alguém ainda pior?
— Reginaldo Lopes (@ReginaldoLopes) January 15, 2020
“Quem Bolsonaro quer esconder?”, questiona o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmando que o Partido dos Trabalhadores também vai entrar com requerimento na Câmara pedindo a liberação da lista.
Quem Bolsonaro quer esconder?
O PT vai entrar com requerimento, pela Câmara dos Deputados, para ter acesso e disponibilizar para a sociedade brasileira a lista de convidados da posse presidencial no ano passado. pic.twitter.com/mtoXTzVX7N
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) January 14, 2020
Outras informações sigilosas
Além da lista de convidados do coquetel de posse, o governo mantém em sigilo mais de 15 milhões de reais em transações feitas pelo cartão corporativo do governo em gastos para a Presidência da República e Gabinete do vice-presidente. O sigilo se mantém mesmo após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou o sigilo em novembro do ano passado.
No portal da transparência da Controladoria-Geral da União estão disponíveis informações sobre os gastos do governo. Contendo informações sobre quem efetuou os pagamentos no cartão corporativo e quem foi favorecido pelas transações, porém nos 15 milhões sigilosos essas informações permanecem ocultas.
>Psol pede afastamento imediato de Wajngarten na Justiça