Os deputados federais seguiram repercutindo, nesta terça-feira (9), a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou as decisões da Lava Jato contra o ex-presidente Lula. Insatisfeito com a decisão do ministro, o deputado General Girão (PSL-RN), da base governista, defendeu a abertura de um pedido de impeachment contra Fachin.
“A paz social está ameaçada por uma canetada de uma irresponsabilidade sem tamanho”, disse o deputado, referindo-se à decisão do ministro Fachin. O parlamentar classificou a decisão como uma “atitude desequilibrada” e “irresponsável”. Ele criticou também o processo de indicação para ministros do STF, que cabe ao presidente da República, e defendeu mudanças neste processo.
“Se for feita uma pesquisa de opinião para saber o que o brasileiro pensa sobre o Supremo Tribunal Federal, o brasileiro não tem dúvida, que os onze realmente são lamentáveis”, disse. “Espero, senhor presidente, que a Câmara dos Deputados e o Senado possam dar uma resposta”, prosseguiu, afirmando ao final de sua fala que irá protocolar um pedido de impeachment contra o magistrado. Fachin foi indicado em 2015, pela então presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
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Pouco depois, o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), também da base aliada do governo Bolsonaro, fez coro ao discurso de seu colega de partido e classificou a anulação dos processos contra o ex-presidente Lula como o episódio “mais lamentável da justiça brasileira”. O parlamentar se referiu ao ministro como “militante do PT” e o acusou de praticar “ativismo judicial” e “contorcionismo jurídico”, ao declarar a incompetência da justiça de Curitiba para julgar os casos contra o Lula.
“Esse crime contra a Justiça, fazendo com que a impunidade possa estar sendo o novo normativo da República Federativa do Brasil. É lamentável o que foi feito pelo senhor Fachin”, afirmou. Ele argumentou também que a decisão não inocenta o ex-presidente e defendeu que seja dado provimento ao recurso encaminhado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), caso contrário, para ele, será um sinal de que a Justiça está “destruída” no Brasil. O deputado atacou o petista chamando-o também de “porco criminoso corrupto”.
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