O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) acredita que a crise do PSL não atrapalhará o andamento das pautas de interesse do governo no Legislativo. “Acho que não [vai atrapalhar] porque o partido vai achar todas as soluções no campo partidário”, disse ao Congresso em Foco o novo líder do governo no Congresso.
Eduardo Gomes disse que só ficou sabendo que substituiria a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) como líder do governo no Congresso Nacional na quinta-feira (17) depois que Jair Bolsonaro o chamou para conversar.
“Como eu era vice-líder estava tudo tranquilo, não tinha essa perspectiva, estava como vice-líder, já fazia o trabalho do governo. Só que houve nova informação ontem quando o presidente me chamou ao Palácio [do Planalto]”, afirmou.
Gomes era um dos vice-líderes do governo no Senado e junto com Izalci Lucas (PSDB-DF) e Chico Rodrigues (DEM-RR) auxiliava o líder na Casa Legislativa, Fernando Bezerra (MDB-PE).
Leia também
“É uma continuidade do trabalho que está sendo feito na vice-liderança. Toda pauta do governo deve ser discutida com o presidente da Câmara, Senado e líderes. Pauta dinâmica, as prioridades são absolutamente conhecidas e o que o líder deve fazer agora é acompanhar esse movimento, prestar as informações, estar disponível para conversar, dialogar e aprovar”, afirmou.
O senador compartilha da opinião de seus colegas congressistas e acha que não haverá tempo em 2019 para a reforma tributária ser aprovada. “A gente tem um calendário restrito, só faltam dois meses para fechar o ano. Mas acredito que vamos ter outras oportunidades”.
PublicidadeSobre a Proposta de Emenda à Constituição que flexibiliza a orçamento federal e altera a Regra de Ouro, dando fôlego para o governo pagar as dívidas, disse que vai trabalhar em conjunto com Fernando Bezerra para aprovar. “Eu já estava discutindo [como vice-líder] e agora vou poder me inteirar melhor”, disse.
Bezerra espera que o relator sobre o PEC da Regra de Ouro no Senado seja definido até o próximo dia 30. Na próxima quarta-feira (23) a expectativa é que o governo federal defina os pontos que defende sobre este tema.
> Maia deixa futuro da pauta econômica nas mãos de Bolsonaro