Uma comitiva do PL e Republicanos, encabeçada pelo relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP) e pelo Tenente Coronel Zucco (REP-RS), relator e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, respectivamente, compareceu nesta segunda-feira (29) à assentamentos e delegacias da região do extremo oeste do estado de São Paulo. O objetivo, segundo os parlamentares, é realizar vistorias com o intuito de reunir informações para a investigação instalada no dia 17 de maio.
Além dos parlamentares citados, também integram a comitiva os deputados Capitão Alden (PL-BA), Caroline De Toni (PL-SC), Magda Molfatto (PL-GO), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Messias Donato (REP-ES). Nilto Tatto (PT-SP), um representante da deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP) e um consultor da Câmara dos Deputados também estavam presentes. Todos compareceram a uma reunião realizada às 8h com um delegado do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter).
Leia também
Ainda nas primeiras sessões da CPI, Ricardo Salles requisitou a realização de vistorias em assentamentos do MST. Esta é a primeira diligência externa da CPI com integrantes que visitaram o município de Presidente Prudente e também participaram de uma reunião com a polícia de Pontal do Paranapanema, região em que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra mobilizou cerca de três mil pessoas em sete municípios da zona rural.
Objetivo
De acordo com o deputado Salles, o objetivo é analisar a totalidade dos casos de “invasão” dos últimos meses que ocorreram em propriedade do Pontal do Paranapanema dentro da investigação de um delegado titular do Deinter.
A comitiva se reúne com os delegados responsáveis pela prisão de José Rainha Júnior e de Luciano de Lima, líder do MST suspeito de extorsão de proprietários rurais no oeste do estado. Os lugares alvos de diligências serão informados aos integrantes da CPI com 72 horas de antecedência.
PublicidadeVista pelo governo como uma CPI instaurada para desgastar a gestão atual e criminalizar movimentos sociais, a CPI conta com um colegiado de 54 parlamentares, sendo que um total de 40 integram a bancada ruralista. A grande maioria é composta por membros de partidos como o PL ou bolsonaristas.
A questão que orbita a CPI é se ela irá lidar com temas importantes como a questão fundiária, a reforma agrária, a demanda represada de déficit de moradia e terra para plantio, cultivo familiar, distribuição de renda e as mais de 80 mil famílias que esperam respostas para os problemas citados.