A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) fará uma nova audiência pública nesta quarta-feira (31), às 14h. Na ocasião, deve ser ouvido o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).
A participação do governador foi requisitada pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que afirmou que sua presença “enriquecerá o debate”, uma vez que o estado de Goiás não conta com nenhuma ocupação do MST. O parlamentar contou que Caiado participou de encontro da Frente Parlamentar da Agropecuária na semana passada em Brasília e alegou, na ocasião, que em “território com força na agropecuária, não existem ocupações de terras por parte do MST.”
Também já foram aprovados os convites para que Francisco Graziano Neto e Geraldo Melo Filho, ex-presidentes do Incra, prestem depoimento, além do professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB) José Geraldo de Souza Junior e a especialista em Medicina do Trabalho Raquel Rigotto, que devem apresentar um diagnóstico da situação agrária do país. Também foi decidida a participação da Controladoria-Geral da União (CGU) no assessoramento dos parlamentares da CPI, a pedido de Ricardo Salles (PL-SP), relator do caso.
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CPI do MST
A CPI do MST foi instalada no dia 17 de maio e busca investigar as invasões do Movimento em terrenos. O presidente do colegiado é o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e o relator é o deputado Ricardo Salles (PL-SP).
Nesta segunda-feira (29), uma comitiva do PL e Republicanos, encabeçada pelo relator e presidente do colegiado compareceu a assentamentos e delegacias da região do extremo oeste do estado de São Paulo. O objetivo, segundo os parlamentares, é realizar vistorias com o intuito de reunir informações para a investigação instalada no dia 17 de maio.
PublicidadeAinda nas primeiras sessões da CPI, Ricardo Salles requisitou a realização de vistorias em assentamentos do MST. Esta foi a primeira diligência externa da CPI com integrantes que visitaram o município de Presidente Prudente e também participaram de uma reunião com a polícia de Pontal do Paranapanema, região em que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra mobilizou cerca de três mil pessoas em sete municípios da zona rural.