A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), protocolou na manhã desta quinta-feira (13) uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Hans River do Nascimento, por falso testemunho.
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Assinado também pelos deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Luizianne Lins (PT-CE), Tulio Gadêlha (PDT-PE), Paulo Ramos (PDT-RJ), Natália Bonavides (PT-RN) e Rui Falcão (PT-SP), o documento afirma que, durante audiência nesta terça (11), River “apresentou diversas informações que, posteriormente, viriam a se mostrar inconsistentes ou inverídicas”.
“Além disso, o depoente, que compareceu à CPMI na qualidade de testemunha, negou-se a prestar diversas informações quando questionado por membros daquele Colegiado”, afirma o documento.
A protocolação da representação já havia sido sugerida pela relatora nesta quarta-feira (12), um dia após o ex-funcionário da empresa Yacows, acusada de disparar mensagens em massa durante as eleições de 2018, afirmar que a jornalista da Folha de S. Paulo Patrícia Campos Mello se insinuou sexualmente para ele, com o intuito de conseguir informações.
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“Depois do depoimento, houve manifestação da jornalista atacada que contestou ponto a ponto as declarações do depoente, o que constitui no mínimo uma possibilidade de testemunho falso”, disse a deputada na quarta.
“Comuniquei ao presidente da comissão que deveríamos tomar posicionamento, como uma representação ao Ministério Público por falso testemunho. Mas, independentemente das ações da CPI, podemos tomar essas decisões individualmente”, completou.
Antes de Lídice comunicar a sugestão, o senador Humberto Costa (PT-PE) já havia informado aos membros da CPMI que o partido iria apresentar à Procuradoria-geral da República (PGR) uma notícia-crime contra Hans, por falso testemunho.
“Nós queremos, realmente, que haja um processo de averiguação, de investigação e um processo criminal contra ele, que aqui, inclusive, agrediu a reputação de pessoas que sequer estavam aqui para se defender”, afirmou durante a comissão.
Ele também sugeriu que o ex-funcionário da empresa retorne à CPMI depois das averiguações. “No momento adequado, o depoente deve retornar aqui à essa casa, quando nós tivermos de posse da comprovação ou não das informações que aqui ele deu”, disse.