O Conselho de Comunicação Social do Senado aprovou, nesta segunda-feira (17), convite para ouvir o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, editor do site The Intercept. A audiência está marcada para o dia 1º de julho, data da próxima reunião do conselho. O site tem divulgado, desde o início do mês, reportagens que revelam diálogos, em mensagens por aplicativo, entre o então juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Nas conversas, há indícios de que o hoje ministro da Justiça deu orientações aos integrantes do Ministério Público Federal.
O autor do pedido é o advogado Miguel Matos, representante da sociedade civil no colegiado. O objetivo da audiência é ouvir Glenn Greenwald sobre ameaças que ele tem relatado após a divulgação das conversas.
“O jornalista Gleen Greenwald narrou recentemente que está sofrendo inúmeros atentados ao livre exercício do jornalismo. Isso, claro, nos toca profundamente. Por isso, eu queria sugerir que fizéssemos um convite e que ele venha na nossa próxima reunião do dia 1º de julho e esclareça exclusivamente essas situações”, disse Matos.
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“A liberdade de imprensa é a garantidora do Estado Democrático de Direito, não podemos fechar os olhos e sobretudo as portas para essa situação”, acrescentou o advogado.
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Também nesta segunda, o deputado David Miranda (Psol-RJ), marido de Glenn Grenwald, informou que pediu reforço para segurança de sua família após serem ameaçados por mensagens enviadas por e-mails. Segundo o parlamentar, as primeiras ameaças foram registradas antes das divulgações do site The Intercept, mas cresceram após as publicações.
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“Ressalto que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tomou providências a partir do ofício que encaminhei à presidência da Casa, oferecendo-me apoio do Departamento da Polícia Legislativa”, afirmou o deputado.
O atual ministro da Justiça, Sergio Moro, será ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na próxima quarta-feira (18). A audiência foi sugerida pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Em ofício enviado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Fernando Bezerra Coelho destacou que a iniciativa de esclarecer os fatos partiu do próprio ministro.
Com informações da Agência Brasil
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