O Conselho de Ética e Decoro da Câmara dos Deputados acatou a representação do PL pela abertura de processo disciplinar contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), acusado de quebra de decoro por supostas ofensas proferidas contra o presidente Arthur Lira (PP-AL) na tribuna. O pedido foi assinado pelo próprio presidente, e anunciado em plenário.
A tramitação ocorre a toque de caixa, já que o desentendimento entre os dois parlamentares ocorreu há duas semanas. Um dia depois de Lira, Braga entrou com representação contra o presidente da Câmara, mas o caso não teve qualquer movimentação no colegiado.
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A lista tríplice de possíveis relatores é formada por três parlamentares do Republicanos: Márcio Marinho (BA), Gilberto Abramo (MG) e Marcelo Nilo (BA). Durante a reunião, Glauber afirmou estranhar a diferença na celeridade entre a denúncia contra seu nome e a protocolada por ele contra Arthur Lira. “A representação contra ele sumiu. A que foi apresentada contra mim entrou no sistema no mesmo dia, foi para a mesa, da mesa para o sistema de ética. (…) Onde está a representação apresentada pelo Psol contra o presidente da Câmara dos Deputados?”.
O processo se deu por conta de uma discussão entre Braga e Lira no último dia 31, quando o presidente interrompeu o discurso do deputado, que abriu perguntando se Lira “não tem vergonha”. Em meio ao conflito, o chefe da Câmara ameaçou chamar a segurança para tirar Glauber Braga do plenário, e anunciou o envio do pedido de abertura de processo ao Conselho de Ética.
Terminada a briga entre os parlamentares, Glauber retomou seu discurso, por meio do qual criticou Lira por defender a privatização da Petrobras mediante aprovação de um projeto de lei ordinário. “O que eu disse no plenário da Câmara eu não retiro uma palavra”, disse o deputado durante a reunião do Conselho de Ética.
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