O Congresso Nacional vai comemorar na manhã desta terça-feira (1º), em sessão conjunta, o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. A antecipação se dá por causa dos feriados do Carnaval na próxima semana. Na sessão conjunta, os parlamentares vão homenagear as vencedoras do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz, concedido anualmente às personalidades femininas que mais se destacaram na defesa dos direitos da mulher e questões do gênero no país.
Das 14 indicadas para o prêmio este ano, as cinco vencedoras foram Maria Liége, Chloris Casagrande, Maria José Silva, Maria Ruth Barreto e Carmem Helena Foro.
O nome da premiação é uma homenagem à líder feminista e ex-deputada Bertha Maria Júlia Lutz (1894-1976). Pioneira do feminismo no Brasil, Bertha assumiu mandato na Câmara em 1936 e foi cassada no ano seguinte com o golpe do Estado Novo. Dentro e fora do Congresso, destacou-se na defesa de mudanças na legislação trabalhista ne na aprovação da legislação que permitiu às mulheres o direito de votar e de serem votadas.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou requerimento para que a presidenta Dilma Rousseff (PT) também seja homenageada por ser a primeira mulher eleita para o cargo.
Saiba mais sobre as condecoradas do Bertha Luz deste ano, de acordo com as informações da Agência Senado:
– A baiana Maria Liége Rocha é militante feminista desde a década de 70 e atualmente responde pela Secretaria Nacional da Mulher do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Liège já foi presidente da União Brasileira de Mulheres (UBM) e hoje participa da direção executiva da entidade. É também integrante da Federação Democrática Internacional de Mulheres (Fedim).
– A paranaense Chloris Casagrande é pedagoga e ex-membro do Conselho de Educação do Estado do Paraná. Autora de várias publicações, Chloris atualmente é presidente da Academia Paranaense de Letras.
– Piauiense, Maria José da Silva trabalha com coleta seletiva, incentivando as cooperativas formadas por mulheres catadoras de materiais recicláveis.
– Natural do Ceará, a psicopedagoga Maria Ruth Barreto foi a primeira presa política do estado quando da instalação do regime militar.
– Paraense, Carmen Helena Foro trabalha como coordenadora de movimentos sindicais. Atualmente é secretária da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
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