Com a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve iniciar nesta semana as investigações sobre se o presidente da República, Jair Bolsonaro, cometeu o crime de prevaricação. O inquérito busca apurar suposta omissão diante de denúncias de corrupção na negociação pelo Ministério da Saúde da vacina indiana Covaxin.
Na terça-feira (6), está previsto depoimento à CPI da Covid da servidora do Ministério da Saúde, Regina Célia Silva Oliveira, fiscal do contrato entre União e a empresa Precisa Medicamentos para a compra de 20 milhões de doses do imunizante.
Inicialmente, na quinta-feira (8), a comissão ouviria o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Bolsonaro indicou envolvimento de Barros em irregularidades na negociação da vacina, segundo disse à CPI o deputado Luis Miranda (DEM-DF). O depoimento de Barros foi adiado, mas o líder tenta no Supremo manter a oitiva para esta quinta.
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Na quarta-feira (7), a CPI deve ouvir Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, exonerado após ser apontado por Luiz Paulo Dominguetti como suposto autor de pedido de propina na negociação da vacina AstraZeneca com a companhia Davati Medical Suply. Na quinta (8), os senadores devem ouvir Francieli Fontana Fantinato, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) contra a covid.
Na pauta da CPI desta terça constam ainda requerimentos de convocação de Cristiano Alberto Hossri Carvalho, procurador da Davati, para prestar depoimento à comissão. Ele foi citado pelo representante comercial da empresa, o policial militar Luiz Paulo Dominguetti, em depoimento à comissão na semana passada. Dominguetti foi quem denunciou o suposto pedido de propina pelo então diretor Roberto Dias. Há ainda, entre os requerimentos pautados, pedidos de quebra de sigilo de Cristiano, Dominguetti, e dos deputados Ricardo Barros e Luis Miranda.
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