A bancada do PSD na Câmara retirou a candidatura de Antonio Brito (BA) à presidência da Casa, nesta quarta-feira (13), após uma reunião que contou com o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. A sigla decidiu apoiar o favorito ao posto, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem o aval do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL).
O PSD tem 44 deputados. Já apoiavam o Hugo Motta: PP, Republicanos, PL, PT, PCdoB, PV, PRD, Rede, Solidariedade, Cidadania, PSDB, PSB, PDT, MDB e Podemos. Esses partidos somam 429 deputados. Para a eleição da Mesa Diretora, que será realizada em fevereiro do próximo ano, são necessários 257 votos em primeiro turno. Como a votação é secreta, pode haver dissidências.
Para embarcar na candidatura do colega do Republicanos, o PSD negociou para que o partido possa presidir a Comissão Mista de Orçamento (CMO) em 2025 e a terceira-secretaria da Câmara. O colegiado é responsável por analisar as peças orçamentárias: o projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) e o projeto de lei Orçamentária Anual (PLOA).
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Segundo Brito, essa foi uma decisão própria dele para, assim, abrir caminho para o partido apoiar Hugo Motta. “A bancada decidiu, com proposta minha, retirar a candidatura à presidente da Câmara, para que nós possamos dar sequência ao processo que já ocorre com as demais lideranças da Casa e apoiar a candidatura de Hugo Motta à presidência da Casa”, declarou aos jornalistas.
Brito afirmou que não houve consenso dentro da bancada do partido à adesão à candidatura de Hugo Motta. “Foi uma aposição majoritária da bancada, uns concordavam, outros não”, explicou.
O único que segue na disputa, até o momento, é Elmar Nascimento (União Brasil-BA), apesar de seu partido ter declarado apoio ao deputado paraibano. No entanto, o parlamentar sinaliza que deixará a disputa e não esconde a decepção com o amigo Arthur Lira pelo apoio concedido a Hugo Motta.
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