“Precisamos começar um processo de mudança gerencial das votações e de moralização da Câmara, que está no canto do ringue. Uma das primeiras alterações será reescrever o regimento interno, que é da época em que existiam cinco ou seis partidos. Hoje são 28 (na Casa)”, disse Jovair. O parlamentar critica o funcionamento da Casa, que, com muita frequência, vota temas importantes de madrugada, quando os deputados estão cansados e sem capacidade para negociar.
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Também foi decidido que o comitê de campanha dele será composto por advogados, jornalistas, marqueteiros, especialistas em regimento do Poder Legislativo, assessores das áreas administrativa e deputados que apoiam a candidatura de Jovair. O grupo vai começar a arrecadar dinheiro para bancar as despesas de campanha. O parlamentar chegou a instituir uma cota entre R$ 5 mil e R$ 8 mil para arrecadar junto a apoiadores.
Líder de uma bancada com 17 deputados, Jovair decidiu se descolar do grupo conhecido como Centrão, liderado pelo seu partido e composto por outras 12 siglas médias da Câmara como o como o PSC, o PP, o PRB, o SD e o PSD. O grupo suprapartidário ficou conhecido porque foi formado sob a liderança do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cassado no ano passado por quebra de decoro parlamentar e preso por determinação do juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato. “Quero ser candidato de uma aliança mais ampla”, justifica Jovair.
O deputado deve disputar a eleição com o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – que tenta concorrer novamente ao posto em meio a uma polêmica sobre a proibição constitucional de reeleição para o cargo na mesma legislatura – e o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), outro integrante do Centrão. Todos apoiam o governo do presidente Michel Temer, mas o Palácio do Planalto já deu sinais que pretende bancar a recondução de Maia.
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