Em uma sessão que começou depois das 23 horas e que contou com bate boca e muitas opiniões contrárias, a comissão especial que analisa o chamado “voto distrital” concordou em retirar de pauta a PEC 125/2011, que busca regulamentar o tema. A discussão da PEC deve ser retomada em reunião da comissão nesta quinta-feira (5).
A sessão, apesar do horário incomum, foi concorrida – a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Bia Kicis (PSL-DF), estava na primeira fila, junto com Vitor Hugo (PSL-DF), líder do partido na Casa. Apesar disso, apenas vozes críticas ao texto se manifestaram durante a reunião.
Domingos Neto (PSD-CE), representando seu partido, disse que a Câmara não deveria estar discutindo este tipo de reforma eleitoral, e sim colocando em vigor outra já apreciada pelo Congresso Nacional. “Nós queremos implementar aquilo que o Congresso Nacional já aprovou em 2017”, disse.
Henrique Fontana (PT-RS) argumentou que uma troca para o modelo conhecido como distrital poderia ter como consequência um alto descarte de votos. “70% dos votos de vocês serão jogados na lata de lixo nas eleições de deputados federais”, disse. “70% dos brasileiros não estarão representados na Câmara Federal do Brasil.”
Já a deputada Gleisi Hoffmann (PT-RS), falando em nome da liderança do partido, disse que a mudança acabaria com a diversidade parlamentar que a Câmara representa. “Vamos tentar imitar o Senado”, comentou. Segundo Marcel Van Hattem (Novo-RS), o texto da PEC deverá ter um novo substitutivo apresentado pela relatora, Renata Abreu (Podemos-SP), nesta quinta.
> Em posse, Ciro Nogueira diz que missão é difícil, mas a certa a se fazer
> A perigosa pulga que Bolsonaro colocou na orelha de muitos
Deixe um comentário