A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (22), a Medida Provisória 870, da reestruturação administrativa que, entre outras coisas, reduziu de 29 para 22 a quantidade de ministérios na Esplanada. Apesar do alívio, o governo sofreu uma derrota que vinha se desenhando: por 228 votos a 210, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) foi retirado do controle do ministro da Justiça, Sérgio Moro.
No texto original, enviado pelo governo, o Coaf estava com o Ministério da Justiça. Contudo, ao ser apreciada, em 9 de maio, na comissão especial, o órgão foi transferido para as mãos de Paulo Guedes, ministro da Economia. Foi um requerimento dos governistas para reverter a derrota que acabou perdendo na noite desta quarta, por 18 votos de diferença.
>> Veja quem votou para retirar o Coaf do controle de Moro
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Coaf
A ideia de transferir o Coaf ao Ministério da Economia surgiu após o caso Fabrício Queiroz. Foi o Coaf que identificou transações suspeitas de Queiroz, ex-assessor do então deputado estadual e hoje senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ). Um relatório de inteligência apontou movimentações atípicas de Queiroz de R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017. Os dados foram enviados ao Ministério Público do Rio e anexados ao inquérito da Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato.
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Debate
No início da sessão, 11 destaques já haviam sido apresentados. Além da questão do Coaf, há inúmeras polêmicas na MP, como o fim do Ministério do Trabalho, o destino da Fundação Nacional do Índio (Funai), a responsabilidade sobre a demarcação de terras indígenas, e o futuro do Ministério do Desenvolvimento Regional, entre várias outras.