Dono da segunda maior votação para a Câmara nas eleições de 2022, Guilherme Boulos (Psol-SP) assumiu nesta quarta-feira (1), pela primeira vez, um mandato político. O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) chega como líder da bancada do Psol, formada por 13 deputados. Em entrevista em vídeo ao Congresso em Foco nesta manhã no Salão Verde, Boulos diz que o presidente Lula construiu as bases para a governabilidade no Congresso ao atrair partidos de centro e que o Psol, apesar de eventuais divergências, votará de acordo com o programa do novo governo.
“Haverá maioria para aprovar projetos, mas, ao mesmo tempo, teremos de fazer a disputa de ideias. Nem sempre essa maioria estará de acordo com o programa eleito nas urnas em 30 de outubro”, afirmou. A prioridade da bancada, segundo ele, será trazer a agenda do combate à desigualdade para o centro da agenda pública, com temas como moradia popular, política contra a fome, de valorização do salário mínimo e de geração de emprego e renda.
Apoiador da candidatura de Chico Alencar (Psol-RJ) à presidência da Câmara, Boulos afirma que é importante não haver “pensamento único” na Câmara. Quanto à eleição no Senado, onde Rodrigo Pacheco (PSD-MG) busca a reeleição contra Rogério Marinho (PL-RN), o líder do Psol não tem dúvidas sobre qual é o melhor candidato para o país. “No Senado, Pacheco se reelege. Marinho seria um retrocesso. É colocar no comando de uma casa importante alguém comprometido com o bolsonarismo, projeto que foi derrotado”, declarou.
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