Deputados e senadores da frene parlamentar da segurança pública, a chamada bancada da bala, divulgaram nesta segunda-feira (10), uma nota “de apoio e solidariedade” ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e aos procuradores do MPF (Ministério Público Federal) que atuam na operação Lava Jato.
Assinada pelo presidente da frente, o deputado Capitão Augusto (PL-PR), a nota condena o uso, por parte do site The Intercept, “de meios escusos, criminosos e violentamente contra a nossa Constituição” para acessar mensagens trocadas entre Dallagnol e Moro e também do procurador com os colegas da força-tarefa. Juristas avaliam que as mensagens mostram interferência indevida de Moro, então juiz federal que conduzia a Lava Jato.
A frente parlamentar não comenta o conteúdo das mensagens, mas afirma que a credibilidade da Lava Jato não é abalada pelo episódio. Os congressistas criticam o fato de que o vazamento “ganhou destaque na mídia sob a insinuação de que os trechos livremente manipulados pelo duvidoso site dariam conta de pôr em cheque a credibilidade da operação e dos agentes públicos envolvidos”. “Não podemos deixar que essa importantíssima operação, as instituições e seus membros, sejam enfraquecidos ou desmoralizados”, complementa o comunicado.
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O presidente da frente da segurança pública, Capitão Augusto, é relator do pacote anticrime do Ministério da Justiça em um grupo de trabalho criado na Câmara para analisar o texto. O parlamentar anunciou que apresentará o parecer ao grupo na próxima quinta-feira (13), às 9h, e que o texto manterá os principais pontos da proposta enviada por Moro ao Congresso neste ano.
“Teve algumas mudanças só de nomenclatura, mas não teve nada de mudar a essência. Mantém a essência”, afirma Capitão Augusto ao Congresso em Foco.
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