Foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (5) a oficialização da expulsão do deputado estadual Frederico D’Ávila do PSL, sob a justificativa de infidelidade partidária e infrações indisciplinares.
O partido alega que o parlamentar, que é da ala bolsonarista da legenda, vem defendendo bandeiras do presidente “em detrimento das normas programáticas do estatuto do PSL”, além de ter apoiado candidatos de outras legendas durante as eleições municipais em 2020.
De acordo com o presidente da Comissão Executiva Nacional do PSL, Luciano Bivar, a decisão de expulsão do deputado Frederico d’Avila não é definitiva e que o Diretório Nacional apreciará o recurso interposto pelo deputado. Segundo a assessoria do deputado, a Alesp deve se pronunciar em breve sobre o recebimento da comunicação do PSL “tornando o ato que acolheu a expulsão sem efeito”.
A legenda já rompeu com outros três deputados estaduais em São Paulo pelas mesmas razões de D´Ávila: Douglas Garcia e Gil Diniz, que hoje estão filiados ao PTB e foram expulsos após ataques ao Supremo Tribunal Federal e Valeria Bolsonaro, expulsa em dezembro. Todos pertenciam a ala bolsonarista do partido.
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Segundo fontes ouvidas sob condição de sigilo pelo Congresso em Foco, o PSL tenta se desvincular da imagem de Jair Bolsonaro e, portanto, “vem promovendo uma limpa” em seu quadro. A bancada paulista mais próxima ao presidente conta agora com quatro parlamentares: Major Mecca, Letícia Aguiar, Tenente Coimbra e Castello Branco, que também está com o processo de expulsão em andamento.
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