Apesar do índice de renovação da Câmara dos Deputados ter ficado em 39,38%, alguns estados renovarão praticamente todos os representantes na nova legislatura. Dos oito deputados federais do Acre, apenas Antônia Lúcia (Republicanos) conseguiu se reeleger no último domingo (2). Seus sete companheiros de estado serão novos, nada menos que 87,5% da bancada.
Entre os representantes do estado que não conseguiram se reeleger estão nomes como a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB). Mesmo tendo recebido 14.914 votos, a parlamentar não assumiu a vaga por conta do quociente eleitoral.
Na região Norte, a alta taxa de renovação também será vista nas bancadas do Amapá e de Roraima. Os dois estados trocaram seis de seus oitos deputados, uma renovação de 75%. Assim como Perpétua, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), primeira mulher indígena eleita no país, não conseguiu se reeleger apesar dos 11.121 votos.
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O índice de renovação de 75% também poderá ser visto na bancada de Sergipe, que trocou seis de seus oito deputados.
No outro extremo, o Rio Grande do Sul foi a unidade da federação que mais reelegeu seus deputados. O estado terá apenas oito novos deputados, equivalente a 25,8% de sua bancada. Em seguida aparece a Bahia, com 11 novos deputados (28% da bancada) e Minas Gerais, com 16 novos parlamentares (30%).
Ao todo, a Câmara terá 202 novos deputados, que nunca exerceram um mandato. Além dos 294 que se reelegeram, outros 17 ex-deputados estarão de volta à Casa a partir de fevereiro de 2023.
Embora tenha um perfil mais conservador, com a eleição de uma numerosa bancada de direita e centro-direita, a nova Câmara terá as duas primeiras deputadas trans da história: Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG), hoje vereadoras em São Paulo e Belo Horizonte.
Confira o quanto cada unidade da federação irá renovar sua bancada em 2023:
Renovação na Câmara cai para 40%, um dos menores índices das últimas décadas