A operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na casa do líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), foi repudiada pelo segundo vice-presidente da Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). De acordo com com o parlamentar, tratou-se de uma “ação intimidatória”. Jordy é um dos investigados na operação Lesa Pátria, que busca identificar os autores intelectuais dos atos golpistas de 8 de janeiro.
“Essa ação intimidatória contra o líder da oposição enfraquece os pilares democráticos do país. Os poderes são harmônicos. O que estamos vendo no Brasil não é normal”, declarou em vídeo. Em seu perfil no Twitter, afirmou que a operação configura “abuso de autoridade” por parte do relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes.
“Espero que todos os ritos legais tenham sido seguidos. Espero que o presidente da Câmara [Arthur Lira (PP-AL) tenha sido comunicado por quem autorizou esta ordem, porque assim que se requer a boa convivência democrática”, acrescentou. Sóstenes diz esperar uma resposta por parte de Lira, bem como do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
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A PF incluiu Carlos Jordy entre os investigados após receber indícios de que ele teria fornecido orientações ao organizador dos bloqueios rodoviários em Campos dos Goytacazes (RJ), Carlos Victor de Carvalho. A força policial interceptou uma mensagem trocada entre os dois no dia após o segundo turno das eleições de 2022, em que Carvalho teria perguntado ao deputado sobre qual “direcionamento” ele poderia fornecer.
Jordy, por outro lado, afirmou em suas redes sociais que nunca apoiou qualquer protesto contra o resultado eleitoral.