Cláudio Mourão, tesoureiro do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) na disputa pelo governo de Minas Gerais em 1998, disse ontem que vai reafirmar hoje, em depoimento à Polícia Federal, a existência de caixa dois naquela campanha. Mourão disse ainda que também vai confirmar que o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou para Azeredo, recebeu R$ 3,8 milhões "por fora", por meio de empréstimos do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Será o quarto depoimento de Mourão desde o início do escândalo do "mensalão". Ele já foi ouvido no ano passado pela CPI dos Correios (19 outubro), pela PF (18 novembro) e pelo Ministério Público de Minas (21 novembro). A PF e a Promotoria investigam se o caixa dois tucano em Minas foi abastecido com dinheiro público.
Em depoimentos anteriores, Mourão reconheceu que a campanha de Azeredo custou R$ 20 milhões, dos quais apenas R$ 8,5 milhões foram declarados à Justiça Eleitoral. Ele ainda afirmou que o dinheiro do caixa dois teve origem em empréstimos obtidos por Valério no Banco Rural.
Os delegados Praxíteles Praxedes e Pedro Ribeiro, da PF em Brasília (DF), chegaram ontem em Belo Horizonte (MG) e ouviram suspeitos de envolvimento na montagem do caixa dois do PSDB em 1998.
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