Eduardo Militão
Apesar de negar a apatia da juventude no movimento estudantil, o presidente nacional do PSTU, Zé Maria Almeida, acredita que a mobilização não está tão alta como deveria. E a culpa seria de entidades que passaram a defender o governo, como a própria União Nacional dos Estudantes (UNE).
“Hoje, a UNE passou a defender o governo Lula, e não os estudantes. É um apêndice do governo”, critica Zé Maria. Desde 2004, o PSTU tornou-se o único partido a não fazer parte da diretoria da instituição.
A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, lembra que a entidade tem diretores de todos os partidos, do PCO, passando pelo PT e pelo PCdoB, até o PSDB e o DEM. “Temos partidos de oposição; por natureza, não tem como ser adesista ou governista.”
Entretanto, a presidente da entidade destaca que o relacionamento com o governo Lula, que apóia diversos eventos da UNE, é melhor do que o travado com a gestão de Fernando Henrique. “O ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza nunca recebeu os estudantes”, diz Lúcia.
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Ela considera uma “conquista” da gestão petista o programa Reuni, que quer ampliar a vagas nas universidades. E destaca que, ano passado, a UNE pediu a demissão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. “Ele representa a política equivocada que reservar dinheiro da saúde e da educação para pagar juros”, assevera Lúcia.
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