O representante do Conselho Deliberativo da Previ – fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil – Gilberto Audelino Corrêa, negou quaisquer irregularidades nas aplicações do fundo operadas por corretoras de valores. Ele depõe neste momento na sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPI dos Correios.
Corrêa lembrou que, ao assumir a direção financeira da Previ, em 2002, teve de fazer algumas alterações de rumo nas operações “menos bem sucedidas”.
Já o representante do Conselho Fiscal do fundo Luiz Carlos Siqueira Aguiar, que também depõe na sub-relatoria, disse que não existem fundos de pensão com a saúde financeira da Previ. “Temos hoje um superávit de R$ 18 bilhões”, apontou.
A Previ está entre os 14 fundos de pensão que teriam registrado um prejuízo somado de R$ 730 milhões entre 2000 e 2005, segundo auditorias da sub-relatoria da comissão. As perdas foram causadas por investimentos de alto risco feitos por corretoras de valores que operavam para esses fundos.
O sub-relator de Fundos de Pensão da CPI, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), suspeita que essas operações de risco eram intencionais, para justificar a perda de recursos que, na verdade, iriam parar no valerioduto. Para respaldar a tese, o parlamentar mostrou, com base em sigilos bancários, que as corretoras de valores depositaram dinheiro nas contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, operador do mensalão.
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