O sub-relator de Fundos de Pensão da CPI dos Correios, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), apresentou hoje dados que indicam que o fundo de pensão dos funcionários dos Correios, Postalis, passou a aplicar nos bancos Rural e BMG no mesmo período em que se verificaram operações suspeitas envolvendo o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
De acordo com o sub-relator, o BMG recebeu R$ 23 milhões do Postalis entre dezembro de 2003 e outubro de 2004, enquanto o Banco Rural recebeu R$ 46,5 milhões. "Ainda é cedo para fazer conclusões, mas o objetivo desta sub-relatoria é investigar se os fundos de pensão foram usados para canalizar recursos para os dois bancos, com a finalidade de financiar a suposta compra de parlamentares", disse o deputado.
ACM Neto ressaltou que os dois bancos não recebiam aplicações do Postalis antes do governo Lula, e passaram a recebê-las sistematicamente a partir de outubro de 2004. O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) contestou, no entanto, os valores apresentados. Segundo ele, uma aplicação pode ter sido resgatada e, em seguida, uma nova aplicação ter sido feita com os mesmos recursos somados pela sub-relatoria.
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