Em discurso para um vazio plenário da Câmara nesta sexta-feira (12), o líder do PR, deputado Lincoln Portela, lamentou o envolvimento do partido nas denúncias de corrupção do Ministérios dos Transportes. Ele reiterou que sempre foi favorável a uma ampla investigação na pasta, e que os responsáveis devem ser punidos. Mas, quanto às 22 pessoas que foram demitidas acusadas de envolvimento no esquema, Portela foi incisivo: “Nem todas eram indicações do PR”.
O parlamentar admitiu que os problemas do ministério realmente existiram, tanto que, segundo ele, foram indicados pela Controladoria Geral da União. Ele defendeu que os órgãos competentes devem indicar os nomes de quem realmente entrou no esquema de superfaturamento, mas, por enquanto, fez um apelo para que não houvesse generalizações quanto ao comportamento dos integrantes da legenda: “O PR está com fama de bandido, mas não é. Eu sempre disse que toda investigação deve ser feita, mas temos que separar pessoas do partido, sem generalizar. O partido não é constituído de pessoas corruptas.”.
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Em entrevista coletiva depois do discurso, o líder disse ainda que não sente tratamento diferenciado por parte do governo entre o PR e o PMDB, recentemente envolvido em denúncias de outro esquema de corrupção, no Ministério do Turismo. Ele afirmou que o ex-ministro Alfredo Nascimento saiu dos Transportes por conta própria, e quem deve julgar se o ministro do Turismo deve cair é a própria sociedade brasileira.
Por fim, Portela revelou que o PR pode sair da base aliada ao governo para adquirir uma postura independente: “A Executiva ainda vai decidir se daremos apoio crítico ao governo ou se seremos independentes”.
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