Entre janeiro e março deste ano, os recursos liberados para investimentos do governo somaram R$ 2,330 bilhões, segundo o Tesouro. O valor é 7,1% maior do que o apurado no mesmo período de 2006.
O ritmo é considerado baixo até pelo secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio Godoy. Ao jornal Folha de S. Paulo, ele disse que "queria ter gasto mais dinheiro" nos últimos meses, mas que isso não foi possível devido à demora na execução de algumas obras.
Entre as principais despesas do Tesouro, os investimentos foram a que menos cresceu. Os gastos com pessoal, por exemplo, aumentaram 10,7% e os com custeio e capital, que incluem despesas com manutenção da máquina pública, subiram 9,8%.
"Olha só, é o secretário do Tesouro dizendo: eu queria que a gente já tivesse gasto mais dinheiro com investimento", disse Godoy, ressaltando sua função de conter os gastos do governo.
Se considerados os recursos liberados por meio do chamado Projeto Piloto de Investimentos (PPI), que inclui os investimentos prioritários do governo, a execução é ainda mais baixa: entre janeiro e março, foram garsto R$ 505 milhões dos R$ 11,3 bilhões previstos para o ano todo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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O secretário atribuiu o baixo valor investido à demora na execução das obras, e não à falta de dinheiro. "Disponibilidade de recursos existe.". Na entrevista à Folha, ele não citou os projetos atrasados e os motivos da demora. "O investimento ainda é pequeno, mas isso não significa que não teremos uma dinâmica diferente", afirmou. (Carol Ferrare)
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