Uma nova testemunha surpreendeu os integrantes da CPI dos Bingos. Apresentado pelo presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), e pelo relator, Garibaldi Alves Filho (PMBD-RN), o garçom Anderson Ângelo Gonçalves prestou depoimento fechado ao colegiado hoje. Ele teria ouvido uma conversa em uma casa de bingo paulista, na qual teria sido tramado o assassinato em 2001 do então prefeito de Campinas (SP), Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT.
Os senadores que participaram da sessão secreta da CPI disseram que Ângelo Gonçalvez, conhecido como Jack, apontou o dono de bingo angolano, José Paulo Teixeira, o Vadinho, como mandante do assassinato do prefeito de Campinas.
Jack disse ter ouvido uma conversa de Vadinho com pelo menos outros quatro interlocutores, na qual o empresário disse que não ia "deixar barato" decisões de Toninho do PT que contrariavam os interesses do bingueiro em Campinas.
Ainda de acordo com os membros da CPI, que assistiram à sessão secreta, o garçom disse que um secretário municipal de Campinas tentou convencer Vadinho de que não era possível atender às reivindicações do empresário, mas o angolano disse que tomaria providências.
Leia também
Vadinho foi investigado pela CPI dos Correios, após denúncia do advogado Rogério Buratti de que o empresário angolano teria doado R$ 1 milhão de caixa dois para a campanha do presidente Lula em 2002. De acordo com a denúncia de Buratti, a colaboração teria sido intermediada pelo ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
O presidente da CPI dos Bingos disse que a “testemunha surpresa” telefonou para a assessoria da CPI na semana passada, manifestando o desejo de depor, porque estaria sendo ameaçado. Ele concordou em vir a Brasília, desde que o depoimento fosse sigiloso e que houvesse garantia de vida para ele e sua família.
Publicidade
Deixe um comentário