A Força Sindical divulgou nota nesta terça-feira para criticar o coordenador da campanha do presidente Lula à reeleição, Marco Aurélio Garcia. Ontem, em sabatina promovida ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, ele disse que a reforma da Previdência pode fazer parte da agenda de governo num eventual segundo mandato do PT.
Garcia assegurou, contudo, que o assunto não será abordado “de forma unilateral”. “Todas as reformas da Previdência bem sucedidas no mundo são aquelas que envolvem um amplo consenso da sociedade. Se não houver um amplo consenso, não teremos nenhuma condição de avançar”, disse ontem.
Na nota, a Força Sindical classifica as afirmações do coordenador da campanha de Lula como “inoportunas” e diz que repudia qualquer tentativa de reforma da Previdência “que venha retirar direitos dos trabalhadores”. A central exige ainda “uma efetiva política de recuperação do poder de compra dos aposentados”.
Confira a íntegra da nota divulgada pela Força Sindical:
“A direção nacional da Força Sindical divulgou hoje a seguinte nota sobre as declarações do coordenador de campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, sobre uma nova reforma da previdência:
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A Força Sindical repudia qualquer tentativa de se fazer uma reforma da previdência que venha retirar direitos dos trabalhadores. As afirmações do coordenador são inoportunas e deixaram preocupados os setores representativos dos trabalhadores.
PublicidadeEntendemos que qualquer mudança na previdência deve ser amplamente discutida com a sociedade e com os representantes dos trabalhadores, de uma forma democrática. Não aceitaremos de forma alguma uma reforma feita na calada da noite, com o intuito de mexer nos direitos adquiridos.
Qualquer mudança na legislação previdenciária deve necessariamente passar pelo fim dos privilégios, aumento da fiscalização para acabar com a inadimplência e a corrupção. Vamos lutar com todas as forças para evitar as tentativas de desvinculação do salário mínimo do valor das aposentadorias.
A Força Sindical defende a proposta de desonerar a folha de pagamento, passando o cálculo da contribuição previdenciário para o faturamento da empresa. Também queremos uma efetiva política de recuperação do poder de compra dos aposentados.“
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